Meu primeiro contato com a Teoria Integral foi quando assisti uma palestra do Marcelo Cardoso (um dos autores desse dossiê) em uma aula dentro de um curso de MBA em 2002, falando sobre Integral Business. Naquela ocasião fiquei ao mesmo tempo extasiado e emocionado. O que vi e ouvi naquele dia foi como um despertar, pois aquelas práticas de gestão apresentadas faziam total sentido.
Desse despertar até 2018 foram anos em que não esqueci daquela chama inicial, mas não havia muito material disponível além de livros do Ken Wilber, que na minha visão, chegou a melhor maneira de abordar a filosofia Integral, criando o que chamamos hoje de Teoria ou Abordagem Integral. Atualmente o material disponível já é bem mais abundante e prático.
A Teoria Integral pode ser de grande utilidade para o desenvolvimento humano, propiciando que esse mapa tão elegante e profundo nos ajude a entender a realidade de uma forma ampla e eficiente. Como levar aos tomadores de decisão nas organizações todo esse maravilhoso conjunto de lentes, ferramentas e possibilidades? Como trazer essas novas perspectivas e elevar o nível de consciência?
E é nessa linha que vou trazer o meu entendimento, o meu mapa, que pela própria Teoria Integral só pode estar parcialmente certo, pois um mapa, como uma visão de mundo, é apenas uma ferramenta para que possamos observar os territórios e assim formar a nossa própria “versão” da realidade.
Ainda embarcamos muito pouco da ideia de apoiar o ser humano a se conhecer melhor dentro das organizações. O desenvolvimento ainda é direcionado a elevar a produtividade, a redução de despesas e ao aumento do controle, inclusive nos treinamentos direcionados à liderança. É o paradigma vigente.
Ken Wilber traz, principalmente em dois livros , “The Religion of Tomorrow” e “Integral Meditation” alguns conceitos para uma Vida Integral, que podemos derivar para o desenvolvimento humano. Pode-se, nas palavras do próprio Wilber elevar o potencial humano, tornando os indivíduos melhores, mais conscientes, cuidadosos e realizados dentro da máxima potencialidade de cada um.