Liderança Apreciativa é a capacidade relacional de mobilizar potencial criativo e transformá-lo em poder positivo ─ pôr em movimento ondas positivas de confiança, energia, entusiasmo e desempenho ─ para fazer uma diferença positiva no mundo.[i]
Ufa... o ano de 2018 em seu último resplendor e enfim 2019 se apresenta. Uma caminhada incógnita se inicia e neste caminho desconhecido mora um sentimento de esperança no coração e, como era de se esperar, uma névoa cobre de calor, alegria, tristeza e tantos outros sentimentos por mais um trecho a ser percorrido, onde poderemos presenciar, experimentar e, acima de tudo, participar efetivamente em tantos fatos que se apresentarem em nossa sociedade, que vive um momento significativo de grandes polaridades em todos os setores de nossas vidas.
A cultura global vem se compondo por meio de um caminhar sublime, apresentando inúmeras possibilidades de, enfim, tirarmos alguns assuntos lá debaixo da mesa e, por fim, colocá-los sob nossas vistas.
Desde o evento pioneiro no Brasil, promovido por Rodrigo Loures na empresa Nutrimental, que trouxe David Cooperrider e, junto com Ken O´Donnell, facilitaram o encontro que resultou numa radical mudança na empresa, inúmeras iniciativas em empresas públicas e privadas, ONGs, têm utilizado os princípios da I.A. - Investigação Apreciativa. Rodrigo, Ken, André Alckmin, Tamas Makray e algumas dezenas de empresários, consultores, estudantes e outros interessados, criaram em 2001 o grupo ELOS - Espiritualidade Liderança para Organizações Saudáveis, com o objetivo de desenvolver líderes em relações conscientes, tendo como seu principal instrumento de organização a Investigação Apreciativa. O ELOS, em parceria com a FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná, promoveram o primeiro encontro do BAWB (Business as Agent of World Benefit) no Brasil, acontecido em Curitiba em outubro de 2003, que reuniu cerca de 600 participantes em 4 dias de evento.
Nós, autores, temos tido a oportunidade de presenciar o poder da I.A., cujos princípios retratados nos outros artigos desta revista contribuem decisivamente para levar as organizações para outro estágio de consciência.
Frederic Laloux descreve com especial propriedade as características das organizações operando em estágios superiores de consciência.
...quando uma organização enfrenta um importante ponto de inflexão, há uma série de belos processos mais elaborados que podem ajudar grandes grupos a ouvirem em conjunto o propósito e o senso de direção da sua organização. Esses processos incluem a "Teoria U" de Otto Scharmer, a "Investigação Apreciativa" de David Cooperrider, a "Busca de Futuro" de Marvin Weisbord e Sandra Janoff, e o "Espaço Aberto" de Harrison Owen. Esses processos não são hierárquicos e são auto-organizados. (...) Cada um desses processos vem com seu formato específico, mas eles têm uma coisa em comum: alcançam a improvável proeza de dar a todos uma voz (mesmo quando milhares de pessoas estão envolvidas), enquanto canalizam ao mesmo tempo essas vozes em direção a um valioso resultado coletivo.[ii]
Apoiadas na Psicologia Positiva, estas práticas integradoras podem se compor sinergicamente. O World Café[iii], ou Café Diálogo, como costumamos chamar em português, ajusta-se perfeitamente ao longo do processo dos 4 D's.
A I.A. tem o poder de provocar uma mudança "metanoica", tal como descrevem as autoras do livro “Diálogo”[iv], conforme figura a seguir.