“‘Ancora Imparo’ (Eu ainda estou aprendendo)”.
Michelangelo (aos 87 anos de idade)
Sempre gostei de observar, formular hipóteses, experimentar e fazer os ajustes necessários, como preconiza o processo científico. Nestas últimas semanas, “surfei” na Web motivada pela busca de maior informação para facilitar a roda de conversa sobre ‘Rede de Aprendizagem Contínua’, durante a participação da ICF no CONARH 2016. Ao receber o convite para escrever esse artigo, fiz um “mergulho” ainda mais profundo para compreender os desafios e oportunidades que a evolução da tecnologia virtual traz para as novas formas de aprendizagem.
E assim, conheci uma nova abordagem para o processo de aprendizagem de jovens e adultos – a Heutagogia. Confesso que foi um conceito novo para mim e que me despertou interesse e curiosidade. De fato, é um conceito novo, tendo em vista que surgiu há apenas uma década.
Na última década também, a Web vem evoluindo exponencialmente. Dados coletados na pesquisa Google, apresentam estatísticas interessantes: em 1996, a Web 1.0 (com 250.000 sites e 45 milhões de usuários); a Web 2.0, em 2006 (com 80.000.000 sites e + de 1 bilhão de usuários) e em 2016, a Web 3.0 (com 800.000.000 sites e + de 8 bilhões de usuários). Diante desse cenário, pergunto: Quais os desafios e novos paradigmas que isso traz à aprendizagem e ao desenvolvimento humano? Qual a contribuição do coaching para esse novo modelo cognitivo – a Heutagogia?
Os artigos e publicações dos criadores desta teoria, Stewart Hase e Chris Kenyon (2000), como também de Louise Blashke (2012) e Monica Barton (2012), que falam do coaching e sua contribuição ao sistema heutagógico, estão referenciados na bibliografia para futura pesquisa dos interessados.
Muitas descobertas sobre a motivação para aprender foram feitas por Rogers (1969). Ele sugere que as pessoas querem aprender e têm uma inclinação natural para fazê-lo durante toda sua vida. Para ele, o propósito da aprendizagem no mundo contemporâneo deveria ser o de libertar a curiosidade, permitir que as pessoas assumam o encargo de seguir novas direções ditadas por seus próprios interesses, desencadear o senso de pesquisa e abrir tudo à indagação e à análise.