As mudanças sociais, tecnológicas e econômicas têm impactado substancialmente no estilo de vida das pessoas, individual e coletivamente, imprimindo novos rumos e sentidos ao trabalho. A velocidade imposta para a realização dessas mudanças tem contribuído para uma maior exposição aos eventos estressantes, impostos pela tal “modernidade”.
O ambiente organizacional é um dos contextos em que mais se evidenciam os adoecimentos psíquico e físico provenientes de fatores como atividades insalubres, cobrança abusiva de metas, relações interpessoais problemáticas, além das possíveis contradições entre a vida profissional e a vida pessoal.
A interação entre o trabalhador e suas condições de trabalho deveria, idealmente, ocorrer como um processo cogruente, baseado em um equilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades individuais. Porém, quando os recursos são insuficientes em relação às necessidades da pessoa e as exigências profissionais superam sua capacidade de enfrentamento, a tendência é o surgimento de estresse ocupacional, com o seu agregado de problemas emocionais, comportamentais e físicos. Tudo isso gera custos elevados, seja para as pessoas, seja para as organizações.
Não se pode, contudo, considerar a eliminação do estresse do ambiente de trabalho. É preciso aprender a lidar! O estresse está associado a todos os tipos de atividades. Não podemos evitá-lo completamente. Faz parte de nossas vidas, da nossa condição humana. E, desde que esteja dentro dos limites toleráveis para cada indivíduo, a tensão decorrente do movimento adaptativo gera vigor e motivação para criar e produzir. Trata-se do estresse positivo (eustresse), que corresponde a um tipo de tensão mínima ou suportável, geradora de motivação e vigor para criar e produzir. É passível de controle e fundamental para a geração de resultados no trabalho.