O que escrevo a seguir não tem a pretensão de trazer em profundidade os conceitos desenvolvidos por Rudolf Steiner e a cosmovisão antroposófica. Com certeza ao longo desta edição da Revista Coaching você, leitor, encontrará textos e ideias de qualidade a esse respeito. Minha proposta é compartilhar como, em minha prática como coach executivo e de times, me valho de alguns destes conceitos profundos em benefício da pergunta do meu cliente.
O coaching e a visão trimembrada do ser humano
Quando sou perguntado sobre como integro os arquétipos e contribuições da antroposofia ao meu trabalho cotidiano, sempre início a resposta comentando sobre como a visão trimembrada do Ser Humano, trazida por Rudolf Steiner ao redor de 1917 e sobre a forte conexão que existe com as competências primordiais que caracterizam o exercício do coaching profissional.
Esta visão das capacidades anímicas que todos temos e que se configuram no Pensar, no Sentir e no Querer e Agir norteiam a minha prática e me auxiliam no exercício da minha presença frente ao cliente. Minha escuta mais profunda cria um campo seguro e acolhedor para que o processo de observação e descoberta possa se desenvolver.
Desde jovens, nossos professores sempre nos ensinaram que somos seres trimembrados com cabeça, tronco e membros. O modelo é tão verdadeiro, tão arquetípico que podemos vê-lo com esta mesma configuração, em qualquer personagem criado pelo Ser Humano, até mesmo o mais fantasioso imaginado por Hollywood.
Mas o que isso tudo quer dizer?
Como coach executivo e de times, quando olho para o meu cliente, desde nossa primeira conversa de contratação e ao longo do processo, sempre procuro observar por qual atividade da alma ele é mais movido em seu corpo físico, pelo pensar, pelo agir ou pelo sentir? Para facilitar esse entendimento, vamos por partes:
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“Sendo o amor a emoção que funda a origem do humano, e sendo o prazer do conversar nossa característica, resulta que tanto nosso bem estar como nosso sofrimento dependem do nosso conversar”
Maturana
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