Você acha que é possível se permitir sentir quando está trabalhando? Esta pergunta pode parecer ter uma resposta óbvia, e esta resposta vinda de sua mente poderá ser: “sim”. O que fico aqui me perguntando é que se isso parece tão óbvio, para muitos de nós, por que majoritariamente o ambiente organizacional tem se mostrado um contexto frio, insensível, composto de pessoas usando “máscaras” a maior parte do tempo, e não se permitindo interagirem entre seus pares com autenticidade e vulnerabilidade?
De acordo com uma pesquisa realizada pela ISMA-Brasil (International Stress Management Association) 72% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho. O Instituto Gallup já apontava, em uma pesquisa de 2014 realizada em mais de 100 países, que o trabalho é indicado como o item menos satisfatório na lista dos itens de qualidade de vida. Durante mais de 50 anos, a Gallup com suas frequentes pesquisas entrevistou mais de 1 milhão e 700 mil funcionários em 101 empresas de 63 países e chegou à conclusão que 8 em cada 10 funcionários se sentem deslocados em seu ambiente profissional.
Diante deste cenário cada vez mais evidente, o trabalho do terapeuta organizacional tem encontrado relevância por parte de empresas e líderes que acreditam na importância do autoconhecimento e dos relacionamentos dentro deste contexto que, enquanto estamos acordados, toma a maior parte do nosso tempo.
O Terapeuta Organizacional tem um olhar mais holístico e sistêmico transcendendo a consultoria comportamental convencional; tem o perfil profissional de alguém que valoriza não só o racional, mas também a criatividade, o emocional e o propósito; está sempre conectando as inteligências racional, emocional e espiritual. Estas separadas, já não resolvem os problemas que atualmente surgem nas empresas. O terapeuta organizacional é, então, um facilitador que contribui com seus clientes, educando-os a reconhecerem não só seus pontos fracos, mas também suas fortalezas.