Envelhecer causa mal-estar em muita gente. A sociedade, as mídias valorizam muito a juventude, deixando pouco (ou nenhum) espaço para os idosos. Nesta fase da vida os limites físicos são crescentes e às vezes muito assustadores; o tempo parece escorrer pelos dedos, com a consciência de que já se viveu a maior parte das vidas; a identidade vai se modificando; muitos parentes e amigos falecem; doenças crônicas roubam a energia e as finanças; a vitalidade já não é mais a mesma de tempos passados.
Estas são perdas que temos ao ingressar em idades mais avançadas. Elas são visíveis não só para a própria pessoa, como também para as pessoas que estão ao lado. Um amigo que não vemos há tempos nos parece quase irreconhecível devido ao cabelo branco, ao andar cambaleante e as rugas que marcam o rosto. Isto tudo assusta. O confronto com a própria mortalidade é difícil.
Estas inevitáveis transformações têm dentro de si ameaças e oportunidades. As perdas são visíveis, imediatas e ameaçadoras, ao passo que os ganhos e oportunidades precisam ser cultivados. As perdas são mais focadas na saúde física, e os ganhos são mais emocionais e espirituais. Se refletirmos um pouco, as perdas e ganhos acontecem ao longo de toda a vida: temos que abrir mão do contato com a mãe e ganhar novos relacionamentos na escola; perdemos a amizade dos colegas de escola e ganhamos novas relações profissionais. E assim por diante. O coaching é um excelente recurso para identificar as perdas e os potenciais ganhos, e lidar com o envelhecimento de forma positiva.