O rápido e intenso aumento da expectativa de vida no Brasil tem trazido grandes desafios para a sociedade, para as organizações e para os próprios idosos. Em poucos anos a parcela de idosos terá uma dimensão que não permite mais que eles sejam tratados como obsoletos e um peso para a sociedade. As pessoas querem envelhecer bem. Querem bem-estar. O que é o bem-estar do idoso?
Bem-estar tem muitas e diferentes definições: é a condição de quem se encontra física, espiritual ou psicologicamente satisfeito; estado da pessoa tranquila, de quem está seguro ou confortável. Há um aspecto do bem-estar ligado a ter boas condições físicas, emocionais, financeiras, prestígio etc., ou seja, quem tem mais disto tem mais bem-estar. Outra concepção é a relativa, ou seja, a diferença entre o que eu tenho hoje e o que eu gostaria de ter. Assumimos que se a diferença entre estes dois aspectos for pequena, o bem-estar será maior, pois a pessoa aceita a realidade que se apresenta em sua vida. Como se vê, a percepção de bem-estar é individual, e varia muito de pessoa a pessoa.
Em agosto finalizamos a Pesquisa “Bem-estar dos idosos”, abrangendo 329 idosos, cujos dados foram 100% via Internet. A Pesquisa quantificou, em uma escala de 1(péssimo) a10 (ótimo) os aspectos do o que eu tenho hoje, e o que eu gostaria de ter. Um total de 65%, dos pesquisados está na faixa de 61 a 75 anos, sendo 60% mulheres e 40% homens, com predominância de casados e com nível educacional notadamente elevado, 96% com curso superior ou pós graduação. A Pesquisa focou 23 indicadores, agrupados em 5 blocos: saúde, relacionamentos, propósito/sentir-se útil, conhecimento e financeiro.