Vivemos tempos de grande transição, e as mudanças destes tempos não estão acontecendo somente por conta do rápido avanço tecnológico. Sim, o avanço tecnológico é enorme, mas ele, em conjunto com outros elementos, como o advento da pandemia, a falência de modelos econômicos e políticos atuais, as novas gerações que tem outra mentalidade, as gerações maduras, cada vez mais longevas, e até uma evolução nos questionamentos da humanidade sobre o que fazemos aqui e porque é assim, estão “empurrando” uma grande mudança no comportamento humano.
Digo “empurrando” porque somos resistentes às mudanças por natureza. É interessante notar como as mudanças tecnológicas são muito mais rápidas do que as do comportamento humano. Preferimos ficar acomodados onde estamos, e isso leva à demora para as mudanças de comportamento, que poderiam ser mais rápidas e menos sofridas.
E neste momento de alta tecnologia que estamos vivendo, cabem, além das mudanças de comportamento, muitos questionamentos sobre a ética e futuro da humanidade. É por isso que estamos vendo um renascer de pensadores de muitas áreas questionando a forma que vivemos, de historiadores e filósofos a economistas, acadêmicos e não acadêmicos.
Que sentido faz tanta tecnologia, se não estiver à serviço do bem comum? Sendo bem comum aquele que contempla toda a vida na terra em equilíbrio, do planeta ao menor elemento, incluindo os seres humanos. Aquilo que é bom para as várias partes e não para algumas partes.
Para citar dois grandes movimentos em curso com esse olhar sistêmico:
- Laboratórios em Ação da Economia Donut em várias cidades do planeta (1)
- Movimento global dos ODIs (2) (Objetivos de Desenvolvimento Interno) compilados por acadêmicos globais relevantes e não acadêmicos, que complementam as ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, trazendo ferramentas para melhorar habilidades que permitirão às pessoas atuar mais nas mudanças que o mundo precisa.