Nosso coach João nos traz o seguinte dilema: tenho acompanhado a banalização de coaching com tristeza e preocupação. Ouvi falar que o coaching pode ser oficialmente regulamentado e não sei o que isso pode significar para minha atividade. Por outro lado, estou em dúvidas em fazer o investimento de me filiar à ICF. O que a ICF oferece? Vale a pena?
Caro João, de fato é triste, constrangedor e incomodo observar que nosso ofício de coaching profissional é confundido com atividades embusteiras que vendem soluções mágicas e apregoam fórmulas fáceis em discursos messiânicos. Por outro lado, a banalização do coaching pode ser vista como uma oportunidade, como convocação para que nós, coaches profissionais, nos posicionemos em nome da qualidade de um ofício que serve, e muito bem, a nossos clientes.
Antecipo que sou favorável à autorregulamentação de coaching e sou contra a regulamentação via legislação. Explico: a regulamentação via legislação pode ser produto de leis elaboradas por legisladores pouco familiarizados com a atividade de coaching e agentes reguladores que não compreendem nossa atividade. Além disso, a regulamentação via legislação dependeria de leis de cada estado, o que levaria à fragmentação do exercício de coaching profissional (ICF, 2022). Por outro lado, autorregulamentação significa que associações que reúnem coaches profissionais se responsabilizam por promover e preservar a qualidade do campo de coaching profissional.