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Edição #129 - Fevereiro 2024

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Intuição em Coaching Executivo

“Há indicações de que entidades profissionais estão reconhecendo a significância do papel da intuição na aprendizagem e no desenvolvimento”

P. Mavor, E. Sadler-Smith e D.E. Gray (2015, p3).


Introdução

Vários Coaches experientes afirmam utilizar a intuição no seu trabalho. Outros  consideram a intuição como um aspecto crítico da prática do coaching. Como já afirmavam Skiffington e Zeus (2000, p.164)), “ coaches bem sucedidos são altamente intuitivos”.

Embora a literatura acadêmica aborde e considere possíveis usos da intuição em atividades de natureza profissional, não há um consenso sobre esta questão, uma vez que não dispomos de pesquisas sistemáticas realizadas com amostras representativas.

Algumas exceções são as investigações de Mavor  et al. (2010 e 2015) que buscam identificar o que contribui para que os coaches desenvolvam e apliquem habilidades  intuitivas. Estudos de Haan , por exemplo,  (2008) indicam que a intuição atuou em cada um dos 78 momentos críticos de coaching identificados por  coaches experientes.   

Como assinalam Mavor et al., (2015,p.3),  “algumas entidades profissionais de Coaching tem reconhecido a presença do fator intuição em processos de coaching”, em particular no que se refere à atuação do  Coach Executivo.

É o caso da ICF – International Coaching Federation – que, em seu Padrões de Competências  Essenciais, identifica a intuição como parte da ‘Presença de Coaching’, definida como a habilidade de estar inteiramente consciente  e criar um relacionamento espontâneo com o coachee através de um estilo que  “acesse a sua própria intuição e confie no seu próprio conhecimento interno”.     

Para Mavor et al (2015, p. 4)) “ O papel da intuição e do julgamento intuitivo em coaching é uma questão vital não só para a profissão de coaching mas também para a prática de coaching nas organizações

Trata-se de um tema que tem gerado controvérsias, a começar pelo próprio conceito de Intuição. Embora não haja consenso entre os especialistas , muitos deles aceitam que intuição:

#  é não consciente

#  é uma forma de processar de maneira emocional  e fazer emergir informações e conclusões.

#  é afetada por influências limitadoras do contexto

#  corre o risco de ser confundida com valores, preconceitos, distorções cognitivas e crenças.

#  é involuntária e emerge em diferentes cenários 


O que é Intuição?

O tema  intuição em coaching tem sido abordado en passant desde seus primórdios   por clássicos como Kilburg, (2004, p. 259)  [in Mavor et al. 2015, p.4]  ao mencionar a intuição como um dos elementos da “interação dinâmica  entre coach e coachee”.

Carl Jung (2014) definiu intuição como uma “função psicológica que transmite percepções de forma inconsciente, porém significativa, explora o desconhecido e percebe possibilidades que podem não estar prontamente observáveis.” ( in Hodgkinson et al. (2008)

Segundo Dane e Pratt (2007, p. 40), intuição pode ser considerada como “julgamentos afetivamente carregados que emergem através de associações rápidas, não conscientes e holísticas.””

Para Mavor et al. (2015, p.5).  intuição é uma forma de processamento não sequencial de informação “que abrange elementos cognitivos e afetivos e resulta em conhecimento direto sem a utilização do raciocínio consciente”

Sobkow et al. (2018, p.2) definem intuição como “ a capacidade de aprender e detectar padrões cognitivos de forma implícita e combinar, de forma subconsciente, informações de maneira complexa para fazer julgamentos corretos com base em pistas fragmentadas” .Segundo os autores, a intuição baseia-se em vários processos e mecanismos. Um deles é a habilidade de adquirir espontaneamente padrões complexos com base na aprendizagem implícita.

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