Sabemos todos que a empatia tem poder para transformar as nossas vidas, nossos relacionamentos e até mesmo promover mudanças nas organizações e sociedade.
Nesses tempos de tanto sofrimento provocado por inúmeros fatores que de alguma maneira reverbera no ambiente de trabalho, porque não podemos separar “vida pessoal de vida profissional”, é urgente e necessário lembrarmo-nos de que a essência humana é cooperativa, solidária e empática.
Essa fábula quer nos lembrar disso e nos provocar sobre o que podemos fazer para curar as dores do outro.
Seus cabelos longos e pretos caíam pelos ombros como trepadeiras em grandes árvores. Usava um tom de voz docinho capaz de amaciar os mais agudos gemidos. Morava num casebre entre a aldeia e a floresta. Chamava-se Senhora das Ervas. Os habitantes da aldeia recorriam a ela sempre que precisavam de cuidados. Ela conhecia os mistérios curativos das ervas. Curava males físicos e também os males da alma. Benzia, rezava, buscava a erva indicada, ensinava como preparar e quando tomar. Seu rosto tornava-se iluminado, de tanta felicidade em poder cuidar de tantas pessoas. E essa felicidade sempre foi compartilhada.