Na minha jornada tenho usado ferramentas de Assessment desde 1992. Conheci muitas: MBTI, TMP, MEP, HOGAN, FACET, IE, Birkman, BARRETT, DISC, e por aí afora. Estudei-as e me certifiquei em várias delas. Apliquei-as aqui e no exterior. Vivenciei muitos projetos onde o assessment foi fundamental para o sucesso, mas também observei muitas vezes o mau uso das ferramentas. Quero compartilhar aqui algumas dessas experiências – o bom e o mau uso.
Um simples objeto de amor identificado
Um problema antigo de várias áreas de gestão de pessoas é procurar uma solução única e definitiva para seus problemas, a famosa busca pelo Holy Grail: o cálice sagrado que trará paz e sapiência à organização. Vendedores e divulgadores de ferramentas de Assessment são muito hábeis em explorar esse desejo e te vender esse “cálice”. O resultado é uma adoção apaixonada pela ferramenta, e o começo de uma evangelização interna na empresa buscando converter os colaboradores em adeptos da nova “religião”. Já presenciei uma organização multinacional onde os funcionários ostentavam as quatro letras da tipologia MBTI no seu crachá, com resultados muitíssimo questionáveis, como, por exemplo, um executivo que foi aconselhado a não seguir na área de marketing por ser “I” (Introvertido).
O mau uso estava associado a uma crença em que a ferramenta era determinística, e de que ela sozinha ditaria as ações a serem feitas.
Em suma, nunca se apaixone pela ferramenta! Ela é apenas isso, uma ferramenta. Pode gostar, apreciar, ser fã, mas...é uma ferramenta.