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Edição #107 - Abril 2022

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As diferenças culturais como instrumento para o nosso futuro em comum, começando pelo dia de hoje

A minha melhor amiga é romena. A conheci em Portugal em 2017, no Porto, onde estava por seis meses a fazer a minha mobilidade de Erasmus+. Na altura, ela era estudante na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, enquanto eu estudava na Faculdade das Letras. Obviamente, a economia não tem nada a ver comigo, mas os diferentes interesses que nós tínhamos e continuamos a ter não são um obstáculo à nossa amizade. Bem pelo contrário – o contacto intercultural nunca deixou de me fascinar pela riqueza e pelo poder de abrir os horizontes das pessoas. Posso dar um exemplo engraçado: quando a Verra chegou ao Porto à noite, ela não tinha comida preparada e por isso propus-lhe comer do prato que eu tinha preparado. Era uma receita que incluía alho francês, ovos e queijo branco. Quando ela me perguntou que ingredientes levava o prato, eu não lhe pude responder, porque não sabia como dizer alho francês em inglês. Durante quinze minutos estivemos à procura da palavra inglesa e no final, depois de ver as imagens no Google, ela exclamou: “Ah! Praz!”. Não podia acreditar – a palavra é a mesma em búlgaro. Muitas vezes, quando achamos que alguém está longe de nós em termos culturais, na verdade está mais próximo do que pensamos. E, para não ser tudo isto como um cliché ou como um exemplo dos meus anos estudantis, vou começar pela minha história pessoal.

Nasci na Bulgária mas sou de origem arménia. Toda a minha vida eu tenho oscilado e continuo a oscilar entre duas culturas que podem não ser radicalmente diferentes mas, de facto, são diferentes e às vezes é difícil encontrar o equilíbrio perfeito. Cresci numa família que sempre adorou  conectar-se a estrangeiros mesmo antes do ano de 1989, quando isso era uma tarefa quase impossível por razões políticas. Aprendi muito com os meus avós, não só em termos linguísticos (eles falavam impecavelmente francês, inglês e turco, sem contar o búlgaro e o arménio), mas também em termos sociais, porque tinham amigos de vários países. O meu avô transmitiu a paixão pelas viagens à minha mãe e depois ela conseguiu transmiti-la a mim. Uma viagem não é apenas percorrer quilómetros, é também encontrar pessoas de diversas culturas, prontas para enriquecer o teu mundo íntimo com as tradições delas.

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