Legado tem sido pauta de muitas conversas e sessões de coach e não há dúvidas quanto ao seu significado: o que é transmitido às gerações que se seguem.
Queremos deixar nossa marca no mundo, sentir que nossa vida vale a pena, ser lembrado como alguém que ensinou e praticou atitudes valorosas. Exercer nossa vocação com a missão de fazer algo que o mundo precise. Isto tudo é, em grande parte, a essência do legado.
Em sua origem, no âmbito jurídico, a palavra legado representa também o que uma pessoa deixa em seu testamento, ou seja, a disposição de última vontade pela qual o testador deixa a alguém um valor fixado ou uma ou mais coisas determinadas (dicionário Houaiss). Ou seja, tanto no significado mais popular ou no âmbito jurídico, o legado representa algo que vamos deixar neste mundo.
Refletindo sobre estas duas formas de significar o legado, observamos que em ambas a morte pode fazer parte do contexto. Tanto a transmissão de princípios quanto a de bens ou valores financeiros podem ser realizadas enquanto estamos vivos, mas o cerne desta transmissão vem após a morte.
Frente ao exposto, por que ao falarmos de legado não nos inquietamos com a realidade da morte? Por que cuidamos em deixar um legado (cuidado que tem se intensificado nos últimos anos com a ajuda de muitos coachs), mas não queremos falar sobre um testamento? Talvez a resposta seja simples. Talvez ela esteja simplesmente no fato de ligarmos a palavra legado ao ato de fazer algo bom. Uma conexão com um futuro sem nomeá-lo como morte.