Burnout descreve sintomas decorrentes basicamente de stress ocupacional, ligado a situações de trabalho. Como agora é reconhecido como uma doença ocupacional, as empresas estão mais atentas a sua incidência e fatores precipitadores do burnout. Seus sintomas característicos se enquadram em três categorias que são:
• Sensação de exaustão emocional,
• Redução de produtividade e
• Despersonalização.
Este quadro se traduz em falta de entusiasmo e motivação, frustação em relação às expectativas pessoais para o trabalho e uma visão cínica quanto aos outros e ao futuro. Enquanto não temos estatísticas brasileiras, atuais pesquisas estimam que a perda financeira das empresas americanas devido ao burnout seja entre 150 e 350 bilhões de dólares anuais. Sua etiologia ainda não está clara e como todo fenômeno complexo, ele é provavelmente heterogêneo e de causa multifatorial. Em geral se atribui o burnout a fatores relacionados ao trabalho, porém, tal condição não é causada apenas por trabalho estressante ou muitas responsabilidades. Outros fatores contribuem para seu desenvolvimento, incluindo o estilo de vida e traços de personalidade. Não há dúvida sobre que o burnout pode ser desencadeado por uma situação de trabalho, mas nem sempre é o caso. Às vezes o burnout pode ocorrer antes do stress se manifestar, levando a pessoa a perceber sua função como mais estressante do que o usual, por exemplo, passando a achar que a quantidade de trabalho é excessiva, que as metas são muito altas, que o chefe é muito exigente. No burnout, a capacidade de lidar com o stress geralmente diminui. Como resultado, tarefas ainda menores podem ser percebidas como significativamente mais extenuantes.
Há a hipótese de que o idealismo excessivo acrescido a expectativas muito elevadas leva a pessoa a utilizar toda a sua energia de modo muito intenso e, como consequência, ela acaba se desgastando excessivamente. Assim, o idealismo, o excesso de dedicação, a transcendência constante dos limites pessoais em prol da ocupação poderia levar ao Burnout.