Sabe aquele frio na barriga que dá quando a gente está prestes a começar algo novo? Pode ser mudar de emprego, começar um projeto, mudar de cidade ou até iniciar um relacionamento. Aquele misto de empolgação e pavor que faz a gente questionar se está fazendo a coisa certa ou se está prestes a dar um passo gigantesco rumo ao abismo. Pois é, o medo do novo é real e, cá entre nós, todo mundo já sentiu isso em algum momento da vida.
Mas por que as vezes é tão difícil lidar com o novo? Afinal, se a gente para pra pensar, tudo na vida é um ciclo: o tempo muda, as pessoas mudam, nós mudamos. Então por que tanto receio?
Já passei dos sessenta e há cerca de quarenta anos venho aprendendo a lidar com todos estes medos. Sim, medos.
De forma mais técnica podemos dizer que o medo é uma emoção básica e universal, caracterizada por uma sensação de apreensão, ansiedade ou alarme diante de uma ameaça real ou percebida. Surge como uma resposta natural do organismo a situações que podem representar perigo, preparando o corpo para reagir por meio de mecanismos como a luta ou fuga. O medo pode ser desencadeado por estímulos externos (como um animal perigoso) ou internos (como pensamentos catastróficos). Além de sua função protetora, o medo também pode influenciar comportamentos e decisões, muitas vezes limitando ações para evitar riscos. Em níveis excessivos, pode se tornar patológico, como em fobias ou transtornos de ansiedade.
De forma mais poética fica mais simples e intuitivo: “O medo é a sombra do amanhã, sussurrando incertezas no coração do hoje”.
Mas como desvendar o funcionamento destes mecanismos e caminhar confiante em direção a um futuro sonhado?
A resposta pode estar em uma coisa chamada “Resistência”. Steven Pressfield fala muito sobre isso no livro A Guerra da Arte. Ele descreve a Resistência como uma força invisível que se manifesta de várias formas: procrastinação, autossabotagem, medo, preguiça, e até aquele impulso estranho de organizar gavetas quando deveríamos estar trabalhando em algo importante. Parece familiar?