O título dessa coluna “Eu cada vez melhor” é um convite para refletir sobre autodesenvolvimento. Existem vários caminhos possíveis para fazer esse tipo de reflexão e escolhi convidar você, leitor, para seguir comigo numa trilha que use a imagem da pirâmide de inteligências múltiplas (Física, Cognitiva, Emocional e Espiritual) proposta por Cindy Wigglesworth no livro SQ21 The Twenty-One Skills of Spiritual Intelligence, como referência para nortear o autodesenvolvimento.
Tomando como referências a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, o conceito de inteligência emocional proposto por Daniel Goleman e inspirada na hierarquia das necessidades, representadas pela pirâmide proposta por Abraham Maslow, Wigglesworth agrupou as inteligências estabelecendo uma hierarquia relativa entre elas, cada nível representando uma dimensão.
Na base da pirâmide de Wigglesworth está a dimensão física. Ela agrupa o conjunto das habilidades que resultam do uso do corpo e dos efeitos do uso sobre o corpo. Coordenação motora, articulação sonora e respiratória, ajuste de potência empregada, são exemplos do que desenvolvemos por meio do uso dos órgãos e sentidos. Você provavelmente se lembra de quando quis aprender a andar de bicicleta, de patinete, de skate, de patins, ou ainda quando buscou aprender a nadar, dançar ou praticar qualquer esporte. A complexidade da combinação de movimentos e dos sentidos empregados exige, até atingirmos uma performance mínima, toda nossa atenção. Lembra a primeira vez que comeu algo que não lhe fez bem? E daquela vez em que passou a tarde inteira brincando com água e se deu conta que os dedos ficaram murchos? A habilidade para reconhecer a relação de causa e efeito que o uso dos órgãos e sentidos imprimem ao corpo também faz parte dessa dimensão.