E existe autocompaixão? Essa foi uma das respostas que busquei no curso com duração de 2 meses que fiz, no início de 2020, baseado nas pesquisas da Dra. Kristin Neff, pioneira no tema. Segundo a pesquisadora, “Autocompaixão envolve tratar a si mesmo da forma como você trataria um amigo que está tendo dificuldades”. Por uma “coincidência”, o curso encerrou exatamente na semana em que a pandemia começou. Eu estava bastante reflexiva e sem saber o que aconteceria no futuro breve. Creio que ainda me sinto assim, porém um olhar mais gentil para as minhas próprias humanidades e “esquisitices” surgiu.
De uma forma no mínimo curiosa, desde o encerramento do curso até aqui, conheci algumas pessoas que relataram sobre os desafios em lidar com os próprios erros e com os erros alheios. Alguns com autocrítica proporcional ao grau de exigência e outros com o desejo de levar uma vida perfeita. Confesso que me enxerguei em várias dessas falas e comportamentos. Me sinto muitas vezes vulnerável quando eu erro, especialmente com as pessoas que eu mais amo. (“Só eu sinto vergonha”?)