“A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos.”
Marcel Proust
Outro dia escutei uma colega coach dizendo: “adoro trabalhar com coaching voltado ao profissional, só me recuso a fazer coaching de carreira”, justificando com o quão cansativo e pouco impactante era. Essa percepção dela me deixou pensando no quanto minha experiência era diferente, apesar de não me definir como “coach de carreira”. Entendo que há uma confusão em relação ao papel do consultor de carreira e do coach na sua forma mais pura, podendo gerar ambiguidade nas expectativas do cliente ao buscar um processo de desenvolvimento de carreira.
Quando o cliente vem buscando um mapa de soluções prontas, onde há um guia externo para mostrar o caminho, pode gerar um processo exaustivo para o coach, com pouca abertura para explorar o SER e muita busca por ferramentas, processos, e métodos do FAZER. Por outro lado, quando o cliente se apresenta com genuína curiosidade sobre si e suas possibilidades, abre uma janela para as mais belas paisagens que temos a boa fortuna de apreciar. Para isto, muitas vezes o coach desacomoda os atuais “olhos de realidade” que o cliente traz, desconstrói o caminho pronto e ajuda a desbravar novas trilhas. O resultado do processo pode estar muito longe de uma recolocação no mercado, e isto está ok.
Cabe a nós profissionais informar, clarear e contratar os tipos de lente que temos a oferecer, de acordo com nosso próprio olhar e bagagem, para apoiar o cliente na sua escolha.
Trago aqui alguns dos meus aprendizados com o uso do CliftonStrengths nos processos de carreira, não no intuito de ensinar, mas sim de compartilhar minha inspiração com algumas belas viagens que fiz, acompanhando as descobertas dos coachees.