Caros leitores,
ahhhhh, a tal Felicidade. Tão cantada em versos e prosas e que cada vez mais ouvimos falar dela. Talvez as pessoas estejam buscando uma felicidade mais autêntica, legítima, e não apenas compensações momentâneas obtida em prazeres fugazes. Sim, muitos dos prazeres que temos na vida são reais e legítimos e precisamos atentar para não os transformar em elementos compensatórios de uma vida triste e sem sentido.
Quando falamos em felicidade e trabalho aí parece surgir um abismo colossal. Não à toa, quando pessoas são perguntadas sobre a primeira coisa que fariam se ganhassem na loteria, a primeira resposta da grande maioria, é “parar de trabalhar”. O trabalho muitas vezes é visto como uma simples obrigação para que possamos prover a família e darmos continuidade ao sistema. Quando muitas pessoas pensam em parar de trabalhar, no fundo se referem a um trabalho que não as engrandece, não traz satisfação e prazer. Poder optar por o que quer fazer, sem visar ganho financeiro, é um sonho para muitos.
“O ser humano é o maior patrimônio de nossa organização”. Esta frase, chavão em grande parte das empresas, não guarda relação com as práticas do dia a dia, quando fazemos uma investigação na cultura das organizações. Será mesmo possível, construir organizações onde as pessoas se sintam acolhidas, valorizadas, respeitadas e contributivas?
Há tempos que queria trazer de volta o tema da felicidade, já abordado nas edições 15 e 16 e a Psicologia Positiva na edição 17. Para tanto, convidei Valdenice Sanchez e Simone Kabariti para que coordenassem um novo dossiê sobre o tema. A proposta que apresentaram foi falar sobre as “Organizações Positivas”. Produziram um dossiê maravilhoso, com muita riqueza conceitual e exemplos práticos. Coisas que parecem pura utopia, mostram-se muito mais próximas da realidade do que parece, e tudo tem início com uma Liderança Positiva.
Estou certo de que este dossiê irá apoiar muitos líderes a repensarem suas práticas.
Com os votos de que tenham uma excelente leitura,
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 04/05/2020