Em julho de 2015 fazendo uma pesquisa sobre modelos mentais, crenças, consciência, etc, apareceu um vídeo da formação de facilitadores das ferramentas Points of You®. Fiquei intrigada, mas como a formação era na Polônia, optei por postergar naquele momento.

Eu sempre busco ferramentas e cursos que estejam embasados em teorias sérias e comprovadas, isso é meu, auxiliar as pessoas a pensar por si só e a reconhecer o próprio potencial, gerando insights e fortalecendo o pensar, é o que me alimenta.

Agendei uma conversa com uma pessoa de Israel para conhecer melhor a ferramenta. Durante a conversa ela fez uma demonstração, me pediu para pensar em uma questão, pensei, então ela me pediu para escolher um número de tanto a tanto. Escolhi. Quando ela me mostrou a imagem foi como um choque elétrico, comecei a chorar. Estava com uma questão séria com uma das minhas filhas e perguntei, ‘Como posso libertar meus filhos?’, a imagem que veio foi essa ao lado.

Imagem da ferramenta The Coaching Game

Quantos insights, um presente! Sou graduada em Artes e durante a faculdade estudamos o poder das imagens, um dos professores nos contou que um psicólogo levava seus pacientes para o Louvre e os tratava lá, fiquei impactada pela ideia.

As imagens tem um poder ancestral e aliadas a palavras e perguntas poderosas geram insights incríveis, de acordo com Alberto Manguel no livro Lendo Imagens, Companhia das Letras ‘...As imagens, assim como histórias, nos informam. Aristóteles sugeriu que todo processo de pensamento requeria imagens. “Ora, no que concerne a alma pensante, as imagens tomam o lugar das percepções diretas; e, quando a alma afirma ou nega que essas imagens são boas ou más, ela igualmente as evita ou as persegue. Portanto a alma nunca pensa sem uma imagem mental. Sem dúvida, para o cego, outras formas de percepção, sobretudo por meio do som e do tato, suprem a imagem mental a ser decifrada. Mas, para aqueles que podem ver, a existência se passa em um rolo de imagens que se desdobra continuamente. Imagens capturadas pela visão e realçadas ou moderadas pelos outros sentidos, imagens cujo significado (ou suposição de significado) varia constantemente, configurando uma linguagem feita de imagens traduzidas em palavras e de palavras traduzidas em imagens, por meio das quais tentamos abarcar e compreender nossa própria existência. As imagens que formam nosso mundo são símbolos, sinais, mensagens, alegorias. Ou talvez sejam apenas presenças vazias que completamos com nosso desejo, experiencia, questionamento ou remorso. Qualquer que seja o caso, as imagens, assim como as palavras, são a matéria de que somos feitos…”