Na semana passada me deparei com esse “meme” sobre a divisão do trabalho no mundo atual sendo compartilhado nas redes sociais e tive 3 reações consecutivas.

A primeira delas foi ficar possessa! Que brincadeira de mau gosto com a profissão para a qual tenho me preparado com tanta dedicação para seguir.

Logo depois baixou a Coach que habita em mim e, empática, concluí: “o pior, é que eles têm razão”. Quem criou (e quem compartilhou) isso não tem culpa. Essa é a sensação que a realidade no nosso país, e em alguns outros no mundo, provoca. A de que todo mundo agora é coach.

E isso se dá por alguns motivos: um deles é por que hoje temos incontáveis cursos de formação em Coaching, alguns a partir de R$ 29,00, outros até com um desembolso maior, mas com um batalhão de alunos por turma.

Além disso, é uma área de atuação que esbarra num desejo meio que senso comum à maioria hoje em dia: rápida formação, não requer background específico, possibilidade de autonomia, ser “dono” do seu próprio negócio, flexibilidade de agenda, a FALSA promessa de que um certificado de cara irá garantir uma renda mensal de 6 dígitos e, para alguns com verdadeiro interesse em gente e transformação, trabalhar em benefício do outro, trazendo grande impacto positivo para as vidas dos clientes e para o mundo.

E todo esse interesse (e demanda) permitem que hoje em dia algumas dezenas de escolas de Coaching despejem milhares de coaches no mercado, que fazem de tudo. Tem coach de amamentação, de bebês, sexual, de reprogramação de DNA, do que você imaginar tem.