Nos últimos anos tive a oportunidade de estar em contato com coaches de diversas áreas e que atuam em diferentes países. Há um consenso de que Coaching cresceu incrivelmente nos últimos dez anos. Mais e mais treinamentos são oferecidos para capacitar ou formar pessoas a serem coaches. A efetividade da produção de coaches, no mundo, é indiscutível. Mas seria este um sinal positivo?
Há quase cinqüenta anos atrás, dentro de uma quadra de tênis, um jovem chamado Tim Gallwey percebeu que seus alunos podiam aprender muito através de suas próprias observações e reflexões do que com simples orientações técnicas.
A este processo Tim deu o nome de Jogo Interior, pois trata-se de uma conversa interna, entre dois componentes importantes. O primeiro, que não é verdadeiro, é aquele que julga, pressiona, tenta estar sempre no controle e que produz em nós um resultado aquém de nossas capacidades. A esta voz interior Tim deu o nome de Self 1.
Já a voz que deveria estar no comando em nossas atitudes e decisões, Self 2, representa cada um de nós em sua real essência. Self é você. Assim como vemos a pureza em uma criança, Self 2 é o nosso potencial integral enquanto Self 1 contém nossas falsas crenças que produzem interferências.
Este simples aspecto das conversas serviu como base para muitos modelos distintos de coaching. Rapidamente, das quadras de tênis, isto se espalhou para grandes corporações que aceitaram usar este conceito de aprendizagem por experiências para direcionar suas lideranças.
Aprender a aprender é melhor que apenas ensinar. Possui mais valor. O Jogo Interior como ferramenta de Coaching está ancorado em seis pilares principais representados por dois triângulos.