Buscando empatia em meus diálogos internos e externos, tenho lidado bastante nos últimos tempos com os julgamentos. E eles tem me ensinado tanto! À primeira vista o julgamento parece algo feio, algo que preciso evitar, principalmente se já estou em um processo de autodesenvolvimento. Faz todo o sentido. No entanto, o que tenho descoberto é que os julgamentos que fazemos, sobre nós e sobre os outros podem se tornar grandes parceiros na aventura do autoconhecimento.
O julgamento é uma violência, isso é certo, são bloqueios que junto com os rótulos, papéis, interpretações nos impedem de criar verdadeiras conexões uns com os outros. Na Comunicação não Violenta costumamos usar símbolos e por uma razão pedagógica, chamamos uma linguagem estática que contém julgamentos e acusações de linguagem Chacal, em oposição a uma linguagem consciente e com movimento, que busca conexão, a qual chamamos carinhosamente de linguagem Girafa. A Girafa é o animal que tem, proporcionalmente, o maior coração do mundo, por isso está ligada a uma característica de não violência, além disso tem um longo pescoço que a permite ter uma visão ampla do que está acontecendo. Mas, voltemos ao Chacal, nosso símbolo da linguagem automática, que representa os padrões habituais de ataque, defesa e culpa.