Analisando a situação em que se encontra nosso país neste período eleitoral, chego à conclusão de que pouco ou nada se fez para criarmos uma visão de futuro ou ampliarmos nossa mente para atingirmos metas mais desafiadoras. Durante anos, vimos o país entrar em um processo acelerado de consumo, mas de pouco incentivo ao desenvolvimento de competências voltadas ao planejamento e ao alcance de novos mercados. Vimos o surgimento de muitos cursos e formações, muitos sem o devido lastro acadêmico, assim como tivemos péssimos índices nas avaliações da educação formal. Isto impacta frontalmente a inovação e a criatividade, duas atividades que sempre andam juntas.
Se, por um lado, algumas entidades sérias criaram opções para formação de líderes com consciência crítica, cidadã e sustentável, por outro, vimos muitos caça-níqueis se estabelecendo e vendendo soluções para todas as mazelas, sem se preocupar com a possibilidade de serem desmascarados rapidamente. Profissionais conscientes participaram de grupos de discussão em sites confiáveis, discutindo sim, o que poderíamos fazer para corrigir as falhas que acabaram gerando nosso atraso tecnológico e a perda de mercado em relação a outros emergentes. Instituições dotadas de seriedade, como a ICF, vieram dar credibilidade e fundamentação aos coaches que se dispuseram a enxergar o amplo mercado do conhecimento que estava se abrindo, dando, assim, a possibilidade de serem mais respeitados e atingirem clientes que buscavam atendimentos mais concretos e dotados de complexidade adequada às suas necessidades. Aqueles que tiveram visão de futuro, acorreram em busca de informações e certificações e hoje, gozam de prestígio e clientela em um mercado que já apresentou sinais de redução de procura.