Caro leitor,
Esta edição traz um tema que, a princípio, não tem uma ligação direta com o processo e a metodologia do Coaching: a CNV - Comunicação Não Violenta. Quem estuda e trabalha com processos conversacionais sabe o quanto que os modelos mentais afetam a linguagem e a forma de receber a comunicação do outro e de expressar a sua própria. O estudo das motivações da violência e suas consequências para as pessoas e suas relações tem ampliado sobremaneira nos últimos anos. Julguei apropriado trazer esta discussão para nossas páginas para que mais coaches pudessem ter contato com uma abordagem tão simples e, ao mesmo tempo, tão profunda.
O tema da CNV estava em nossa pauta há um bom tempo, aguardando o momento oportuno para nascer. Ao navegar pela web, encontro um grupo de coaches em uma sintonia muito afinada com tudo o que acredito e pratico. Ligo e falo com uma delas, Debora Gaudencio. Batemos um longo papo, e as afinidades foram se confirmando. Fiz o convite para que coordenasse uma edição com o tema da CNV e ela, para minha alegria, ficou muito empolgada.
A CNV é um tema que estudo, pratico e ensino há mais de 15 anos. Assim, digo que pode-se explicar para qualquer pessoa os quatro passos da CNV em 1 minuto, cronometrado. Agora, colocar em prática... aí são outros quinhentos. Sua beleza e riqueza repousam na simplicidade, na obviedade que, muitas vezes, chega a doer na alma. “Por que não pensei nisto antes?”. Esta é uma frase muito comum de se ouvir de quem está iniciando na CNV.
Que os textos deste dossiê possam contribuir para que você possa ser um(a) coach cada vez melhor e, para isto, o autoconhecimento e autodesenvolvimento são pontos fundamentais deste processo. Como Magali Lopes e Marina de Mazi citam em seu artigo, “Who you are is how you coach”, ou seja, você faz coaching como você é.
Tenha uma excelente leitura.
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 11/06/2018