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Edição #51 - Agosto 2017

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Sobre talentos

Dentre as muitas parábolas contadas por Jesus, a dos talentos é uma boa provocação sobre como investimos em nosso desenvolvimento.

Contou Ele que certo homem chamou os seus servos e deu a cada um, segundo as suas capacidades, uma quantidade de talentos. Naquela época, talento era o nome de uma moeda. A um deu 5, a outro 2 e a um terceiro 1 e viajou em seguida. O primeiro imediatamente saiu, negociou e obteve mais 5, o segundo também investiu e duplicou suas moedas e o terceiro, com medo, cavou um buraco e enterrou o que recebeu para devolver ao senhor quando retornasse. Quando retornou, o senhor cobrou os resultados e cada um apresentou o que fez: os dois primeiros foram elogiados, enquanto o terceiro perdeu até o talento recebido.

Hoje, talento tem outro significado: são dons e até competências desenvolvidas e podemos também dizer responsabilidades, pois quem os recebe deve multiplicá-los.

Isso me faz pensar sobre o que tenho feito para multiplicar os que recebi e como tenho colocado os meus dons a serviço dos outros e do bem-comum.

Inspiro-me ainda em Peter Drucker – que tão bem usou seus talentos -, e que escreveu, certa vez, como fez para multiplicá-los.

  • Aos 18 anos assistiu a uma ópera de Verdi e soube, então, que em toda a sua vida o grande músico lutou pela perfeição. Assim, fez das palavras de Verdi a sua estrela guia e durante toda a sua vida lutou pela perfeição.
  • Desde os 20 anos desenvolveu um sistema de estudo que aplicou até o fim dos seus dias: o de estudar a cada 3 ou 4 anos, um novo assunto. Tal atitude lhe deu um cabedal de conhecimentos e abertura da mente para outras abordagens e disciplinas.
  • Aos 22 anos aprendeu a reservar duas semanas por ano para rever seu trabalho do ano anterior, começando pelas coisas que fez bem, mas poderia ter feito melhor, até as que fez mal e aquelas que deveria ter feito, mas não fez. E, assim, decidia as suas prioridades.
  • De um velho chefe, no ano de 1933 em Londres, aprendeu que diante de novo serviço ou desafio, devia se perguntar: o que preciso fazer para ser eficaz?
  • Quando visitou com o pai, em janeiro de 1950, um velho amigo que estava muito doente, disse que aprendeu 3 coisas: primeiro, é preciso se perguntar pelo que deseja ser lembrado. Segundo, isso muda com o amadurecimento e as mudanças no mundo. Finalmente, o que vale a pena ser lembrado é a diferença que se faz nas vidas das pessoas.

Eis um bom exercício: Quais são os nossos dons, forças e competências e como fazer para nos aperfeiçoar a fim de melhor servir, de modo que os nossos clientes também descubram como multiplicar os seus talentos.

Artigo publicado em 25/08/2017
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