As perguntas mais comuns de empresários e profissionais interessados em Coaching Executivo e Empresarial (CEE) têm sido: “É só para executivos de grandes empresas”?; “Empresário faz coaching”?; “Trabalha só o lado profissional”?; “Dá resultados”?
Para refletir sobre estas questões, apresento alguns pontos que permeiam o cenário empresarial, perspectivas e mercado do coaching, literatura e relatos advindos da prática.
O Brasil lidera o ranking mundial de empreendedorismo, com uma taxa de 26,7% à frente da China. Porém, cerca de metade das empresas abertas não chega aos 5 anos (IBGE, 2009-13). No geral, o fracasso está associado a planos de negócios superficiais, falta de planejamento e problemas de gestão. Uma realidade de incertezas quanto ao futuro e que mobilizam sensações de insegurança, ameaça, temor à perda de prestígio, recursos, posição e poder. Mesmo assim, ser dono de uma empresa “é um dos principais sonhos dos brasileiros”. É “a opção de carreira em todas as regiões, variando de 81 a 88%” (SEBRAE/GEM, 2014).
Sabemos que o mundo dos negócios é turbulento, veloz, marcado pela pressão das mudanças e competição. O desafio para “reduzir os custos, melhorar a qualidade de produtos e serviços, estabelecer novas oportunidades de crescimento e aumentar a produtividade” é constante (Kotter, 1997). O esforço para gerar alternativas que possam garantir desenvolvimento e a sustentabilidade do negócio é cada vez maior e “alternativas criativas e viáveis são condições para qualquer decisão” (Luecke, 2010).
Tal panorama torna patente que os “novos tempos” requerem uma liderança capaz de entender e acompanhar a dinâmica do mercado, planejar os cenários e tomar decisões alinhando necessidades e ritmo de mudanças. O sucesso depende “da maneira como os executivos pensam, atuam e interagem cotidianamente” (Goldsmith et al., 2003). Um exemplo disso é o caso relatado por Eric Schmidt (ex-diretor da Google), em uma entrevista publicada no site da Exame.com, ao admitir que “seu maior erro foi não haver antecipado o sucesso das redes sociais”, como o Facebook e o Twitter, desconsiderando a importância da interatividade, de interrelacionar-se.