Mente, corpo e emoção são alguns dos vários ingredientes da receita de um propósito que muitos teimam em desconsiderar.
O tema do propósito tem rondado as mentes de vários dos meus alunos, clientes e amigos. Hoje saltam artigos de toda ordem provocando-nos a respeito dele. Sem a pretensão de trazer algo inovador, venho, nessas linhas, oferecer humildemente minha perspectiva sobre o assunto. Já que não é de hoje que estudo como montamos nossas estratégias mentais e de que forma o propósito se relaciona com elas.
Primeiro quero esclarecer que existem vários tipos de propósito:
1. Propósitos conceituais – que possuem uma redação muito elaborada e foram em sua maioria pensados por muito tempo e pouco sentidos,
2. Propósitos emocionais – que ao contrário do anterior, são extremamente sentidos por quem os possui só que foram poucos pensados,
3. Propósitos ocultos - aqueles que sabemos que devem existir em algum lugar dentro de nós, porém não sentimos nem pensamos ainda sobre ele, e
4. Propósito vivo - que além de sentido foi pensado e elaborado ao longo do tempo de forma viva e orgânica.
Na profissão de coach é muito interessante perceber esses vários tipos e como isso se reflete na vida das pessoas.
1. Propósitos conceituais
Encontro mais este tipo entre os executivos que estão em seus cargos por algum tempo e são da geração passada. Eles se atualizaram em relação a importância de ter um propósito, contudo, não foram moldados desde o início de suas carreiras para “incorporar” isso em sua neurologia. Quando digo, “incorporar” é sobre o corpo físico mesmo que estou falando. Muitos com mais de 50 anos, possuem altos índices de estresse emocional, suas taxas sanguíneas estão altas, já tiveram ou tem problemas cardíacos, além de estarem acima do peso e serem sedentários.
Sem a endorfina nescessária correndo em suas veias, eles experimentam cada vez menos prazer em suas vidas, e isso interfere em sua perfomance de forma significativa.
O seu propósito está declarado em frases que possuem significado para eles, porém não é vivido por eles em sua totalidade, já que o corpo não sente nem reflete seu propósito. O que sua cabeça pensa e sabe, seu corpo ainda não foi convidado para engajar-se na terefa de trazer vida para essas sentenças.