Estamos ultrapassando 11 milhões de desempregados e, mesmo os profissionais que estão trabalhando, parecem estar bastante insatisfeitos. A impressão é de que a maioria das pessoas está buscando novas oportunidades, seja na forma de um emprego ou negócio próprio. Neste contexto, empreender acabou se transformando em uma possibilidade concreta que passa a ser considerada por muitos profissionais.
Diante desta opção, surge uma nova gama de assuntos que mudam completamente na vida da pessoa em transição: a forma como se vê, a maneira como os outros a veem, a sua rede de relacionamentos, a remuneração, a forma de se posicionar no mundo, a rotina profissional.
Como afirma Malvezzi, a transição de carreira é uma transição de identidade. É uma “balançada de coqueiro” muito significativa e, neste sentido, o Coaching de Carreira pode ter um papel fundamental. Primeiro, como “âncora” em um momento em que tudo parece estar mudando, em que frequentemente o coachee se sente à deriva. Ser ouvido, ter espaço para trazer seus questionamentos e inseguranças, ao mesmo tempo em que trabalha para construir um plano de ação consistente, exequível e com a sua “cara”, reforça e faz com que o Coaching acabe funcionando como um rito de passagem neste processo de mudança mais amplo. O rito é um evento facilitador para que a pessoa transponha uma etapa da vida, tendo uma importância afetiva e simbólica. Em geral, após o ritual, o participante sai transformado: e não é isso que o processo de coaching busca?