O mercado de Coaching, basicamente, se divide em dois grandes blocos de atuação:
- Formação de Coaches – são os cursos e as certificações de Coaching e
- Projetos de Coaching – são os processos de Coaching realizados com pessoas físicas (Coachees) ou pessoas jurídicas (empresas clientes).
Para mim, o mercado de formação de Coaches divide-se em dois tipos de escolas certificadoras:
- escolas instrumentais e
- escolas reflexivas.
Mas, o que diferencia uma escola da outra?
As escolas instrumentais, como o próprio nome indica, apoiam a formação dos Coaches, as práticas realizadas no curso e as sessões de Coaching para a aprendizagem, na aplicação das ferramentas (instrumentos de Coaching), isto é, os participantes são instruídos em como realizar o preenchimento dos formulários e instrumentos (ferramentas de Coaching). Para mim, os Coaches que estão no paradigma instrumental “calibram” o seu desempenho e experiência pela quantidade de instrumentos que possuem e por sua destreza no uso desses instrumentos.
As escolas reflexivas, apoiam a formação dos Coaches, as práticas realizadas no curso e as sessões de Coaching para aprendizagem, na ampliação da consciência, da capacidade de realizar escolhas conscientes e na valorização do autoconhecimento do Coach sobre ele mesmo e sobre as inúmeras “facetas” do comportamento humano.
Obviamente, todos os processos de Coaching possuem instrumentos ou ferramentas específicas que auxiliam os Coaches em suas sessões de Coaching, a questão é o que funciona como locomotiva e como vagão. Nas formações instrumentais, as ferramentas dirigem, norteiam e induzem as reflexões que o Coach deverá fazer na sessão. Já nas atuações reflexivas, a partir de reflexões realizadas ao longo da sessão, o Coach pode lançar mão de ferramentas, esquemas ou matrizes que apoiem o Coachee durante a sessão, mas são as reflexões realizadas que apoiam o Coachee em suas decisões de mudança e transformação, não os formulários ou ferramentas.