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Edição #3 - Agosto 2013

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“O verdadeiro conhecimento vem de dentro” - Sócrates

Recentemente, em um curso de formação, foi pedido aos partici­pantes que, em poucas palavras, definissem o que significava Co­aching para eles. Dentre as de­finições apresentadas, uma me chamou atenção especial, até porque apareceu de forma recor­rente durante o curso: “Coaching é o processo que ajuda a trans­formar sonhos em realidade”.

Interessante porque enquanto técnica, o Coaching pode ser con­ceituado como um processo de desenvolvimento pleno que auxi­lia o coachee a atingir seus objeti­vos, metas, sonhos e desejos, tan­to profissionais quanto pessoais.

Se considerarmos que, em um primeiro momento, algumas pessoas esperam que o coach lhes diga o que fazer e qual ca­minho seguir, é relevante refle­tir sobre essa questão: O coach ajuda a realizar sonhos... mas sonhos de quem?

Quem atua como coach já deve ter experimentado a “coceiri­nha” de mostrar o caminho, dar a resposta, apontar aquilo que para nós é tão claro e cristali­no, mas que o coachee ainda não consegue enxergar; enfim, de dizer a ele o que nós acha­mos que é o melhor para ele, ou pior, projetar no coachee os nossos sonhos e expectativas.

Isso sem contar que em cada pro­cesso que iniciamos, colocamos nossas expectativas de sucesso. Como lidar com nossa frustração ao perceber que o caminho que entendemos ser o melhor para o coachee é o oposto daquele que ele decidiu seguir?

Um processo de Coaching pode ser interrompido. O coachee pode não estar pronto para mu­danças, pode estar equivocado quanto ao que realmente quer; não é incomum o processo iniciar com base em um objetivo e no decorrer dos encontros, mudar radicalmente. Em alguns casos, o coachee precisa de um processo terapêutico, em outras ele quer somente alguém para conver­sar. O que fazer então?

Sabemos que nestes casos o Coaching não será efetivo e o melhor será interromper o processo e dar o encaminha­mento mais adequado ao caso: terapia, aconselhamento, etc. E como ficam nossos sonhos de ser um coach de sucesso?

É importante lembrar que du­rante o processo de Coaching, nos cabe o papel de ouvintes atentos e de “perguntantes”, isso é, utilizamos perguntas ins­tigantes que ajudarão o coachee a “dar a luz” (utilizando o termo original socrático) a novas ideias, atitudes, comportamentos que permitirão sua efetiva mudança e, consequentemente, o levarão a alcançar seus objetivos e reali­zar seus sonhos.

O coach não dirá ao coachee o que ele tem que fazer. Seu papel é de orientação, oferecendo opor­tunidade de autoconhecimento, ajudando a encontrar seu próprio caminho, sem imposições.

É preciso estar atento para não impor sua visão e suas es­tratégias, para permitir que o coachee escolha suas próprias soluções, tome suas próprias decisões. O coach é aquele que apóia, acolhe, respeita, enten­de, aceita e potencializa.

Desta forma, o processo de Co­aching é enriquecido, pois ao perceber-se claramente, enten­der seus pontos fortes, suas di­ficuldades, escolher suas ações, projetar seu caminho e cumprir metas que ele mesmo traçou, o coachee se fortalece, ganha autoconfiança, segurança e autoestima, sente-se valorizado e respeitado e ultrapassa bar­reiras, que até então, julgava in­transponíveis.

Como superar a forte tentação de interferir no processo de aprendizado do outro?

Quando lidamos com uma crian­ça pequena temos a tendência de “mostrar o caminho”, “ensinar como fazer certo”, “dizer o que ela deve fazer”. As crianças crescem e aprendem que alguém lhes mos­trará o que fazer, e passam a buscar isso no gestor, no companheiro(a), amigos, terapeutas, professores e no coach também.

Muitas pessoas procuram o pro­cesso de Coaching pensando em receber todas as respostas. Aí mora o perigo, temos que estar atentos para não pervertermos nosso papel de “escutadores” e “perguntadores”; para vencer­mos a tentação de dar as respos­tas prontas ao invés de colhê-las no fértil campo dos talentos e capacidades do coachee; de per­mitirmos que ele descubra sua força e capacidade, permitindo a nós mesmos o alívio do peso do ter que saber sempre o que é melhor para todos.

Às vezes, durante um processo de Coaching, somos surpreendi­dos pelo coachee com soluções tão criativas, que sequer imagi­návamos possível, ou então com mudanças tão radicais de objeti­vos, posturas e posicionamento frente à vida que nos deixam maravilhados com o incrível po­tencial e infinitas possibilidades presentes em cada ser humano. Basta deixar fluir.

“...Coaching é ajudar as pessoas a mudarem do modo que dese­jam, ajudá-las a ir na direção em que querem ir. O Coaching ofe­rece suporte às pessoas em todos os níveis para que elas se tornem o que querem ser e sejam o melhor que pude­rem.” - Lages e O’Connor, O que é Coaching? All Print, 2007.

Namastê!

Artigo publicado em 02/03/2017
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