O trabalho do coach, assim como o da consultoria, terapia, treinamento ou palestras é muito solitário, mas muito solitário mesmo! Apesar de estarmos muitas vezes num atendimento individual de Coaching ou frente a centenas de pessoas, a condução das atividades é de uma pessoa só. É o “one person” show. E essa pessoa somos nós.
Se você se encaixa em uma dessas situações, com certeza já teve o famoso “friozinho na barriga” antes de começar um Coaching difícil, uma reunião para acertar os termos de um contrato de atendimento, ou ainda começar uma palestra para um grande grupo de participantes. É natural esse momento de expectativa e ansiedade, e ele retrata a vontade de fazermos um bom trabalho e, nesta hora estamos sós.
Gosto da imagem de que o coach é como um guia que nos leva a percorrer florestas inexploradas, pântanos perigosos, montanhas íngremes e escarpadas. O guia pode nos indicar possibilidades, alertar sobre perigos de cada caminho, ajudar em dificuldades, mas o que o guia não pode fazer é caminhar por você ou tomar as decisões por você. Mais uma vez, o guia está só em seu papel.
A experiência acumulada, a formação acadêmica, os cursos e workshops feitos, as viagens pelo Brasil e ao exterior, a vivência das adversidades que a vida nos impõe e a realização de projetos dão uma base sólida para a condução dos trabalhos. Mas como cada caso é um caso, sempre vêm situações novas e, por mais objetivos que sejamos, sempre existem as nossas formas prediletas de ver, os nossos vieses de percepção, e isso pode nos levar a um diagnóstico errôneo, a não perceber certos aspectos da situação, e aí as decisões que teremos que tomar podem se tornar equivocadas. Como diz o ditado, se a única ferramenta de que dispomos é um martelo, tudo o que vemos são pregos.