Tenho me perguntado por que é difícil experimentar e aprender com o novo.
Às vezes o experimentar está em algo prosaico como um novo alimento, um novo trajeto para os lugares que sempre vou, um “asana” (postura do yoga) que nunca pratiquei, uma culinária que meus sentidos desconheçam. Em outras vezes, pode ser algo mais complexo, como uma nova atividade profissional, um novo jeito de me relacionar, uma conversa sobre um tema até então inexplorado ou um mundo inteiramente novo ao viajar para um lugar nunca antes visitado.
O que me faz estar disposta a experimentar?
Consigo pensar em várias possibilidades e na combinação delas, por exemplo, a curiosidade, a vontade de viver o que ainda é desconhecido. Assim como a disposição para tomar risco sem me prender a um resultado esperado, abdicando do controle. Por outro lado, quando nenhuma opção entre as já conhecidas me atende, isso também me move. Em linha como escreveu Jorge Larrossa Bondía “o sujeito da experiência se define não por sua atividade, mas por sua passividade, por sua receptividade, por sua disponibilidade, por sua abertura”.