Ao sentar aqui para escrever, vários sentimentos me invadem...
Falar sobre o medo parece ser fácil, fascinante, desconfortável, desafiador... e muitos outros sentimentos surgem ao pensar em escrever esse artigo, inclusive ele: o ator principal, o medo. Certamente, cabe aqui dizer que esse ator principal não precisa ser um vilão. O medo pode ser nosso aliado, ele é uma emoção básica e muito importante, pois nos dá parâmetros, nos preserva e protege. O problema começa quando, por conta dele, temos outros problemas e consequências que não nos convêm.
E parei para ouvir o que o medo estava me dizendo:
- Será que vou conseguir escrever? - Será que vão gostar? - Será que vai ficar bom? - Será que vou acabar a tempo?
Então o medo vem da preocupação por algo que poderá acontecer como consequência de alguma coisa que vai ser feita? Sim! O medo pode vir da pré-ocupação. O fato de temermos algo normalmente significa que isso não aconteceu, e talvez nunca aconteça, mas essa já é uma outra história.
O que vemos nas falas do meu medo é que tudo o que ele diz temer se refere ao futuro e não ao ato em si. Mas então, se a situação em si não é a causa do medo, qual é?
Pesquisas mostram que, de uma forma geral, temos basicamente 3 tipos de medo:
• Medo da percepção das outras pessoas (julgamento); • Medo de danos físicos; • Medo de atingir seu potencial.
A pré-ocupação sobre um objetivo futuro gera, portanto, o medo/insegurança, o que pode levar à ansiedade, uma grande vilã da nossa sociedade atual. E essa ansiedade torna a ação muito difícil, gerando a “paralisa-ação”, que nos faz buscar um estado onde se tenha total domínio e controle sobre a situação, onde teremos todos os recursos necessários e conhecimentos para lidar com ela e desta forma ficarmos tranquilos para viver.
Então, porque se incomodar se isso parece ótimo? Sim, parece uma vida boa, mas esta vida previsível e a falta de desafios, novidades e ação também não satisfaz. Necessitamos utilizar nossas competências, sair em busca de novos saberes, ampliar a visão de nós mesmos e do mundo. Queremos embarcar no Pérola Negra na companhia de Jack Sparrow em busca do tesouro e não ficar encarcerados por velhos hábitos. Em algum momento essa necessidade vem à tona ou a vida vai chacoalhar um pouco as estruturas para tirar-nos do lugar fofinho em que estamos.
E quase ouço alguém aí perguntar:
- Sim, ok. Mas o medo também não pode vir de coisas do passado?
Verdade! Quando falamos de medo, a maior parte das vezes encontramos o foco no futuro, mas ele também pode vir do passado.
No passado encontram-se as memórias das experiências que tivemos, inclusive as “negativas”. Estas memórias podem invadir o presente trazendo com elas sentimentos como mágoas e culpas, causando muita dor e estresse. Tanto a culpa como a mágoa, ambos muito bem orquestrados pela raiva e tristeza, atrapalham a fluidez, a criatividade, a flexibilidade, a espontaneidade e consequentemente a habilidade em responder aos problemas no dia a dia, o que gera muitos outros problemas.
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