Nosso coach João nos escreve:
Estou atendendo a um executivo cujo processo de Coaching foi uma demanda de seu diretor. Este quer que o executivo ganhe asas, autonomia, alce voo e tenha uma postura segura, assertiva e que corra mais riscos. Nos dois primeiros encontros, o coachee abraçou o processo com grande alegria e disposição e está revirando suas crenças, pontos de vista, bloqueios e ações no avesso. No quarto encontro já mostrava uma visão extremamente madura e protagonista, evidenciando sua preocupação com seu diretor, extremamente centralizador, controlador e, por vezes, ríspido. Manifestou incerteza em prosseguir com o processo, conforme amadurecia e expandia seus horizontes, via claramente que teria que deixar a empresa, o que o assustava, visto estar lá há 15 anos. Conversei com a diretora de RH, que participou do contrato de quatro pontas, e disse que corriam o sério risco de perder aquele profissional caso o diretor também não fosse trabalhado em um processo de Coaching. Ela disse que já tentaram várias vezes, mas que ele não aceitava nenhum coach do Brasil por não terem nível. Ela me confidenciou que gostaria mesmo que o executivo saísse da empresa para crescer pessoal e profissionalmente e que eu continuasse com o processo. Apesar de trabalhar a favor de meu coachee, tem um lado meu que se sente “traindo” tanto o diretor quanto a empresa. Como devo proceder?
Não consegui deixar de pensar em “redes de conversação” quando li essa questão.