“Quero que vocês consertem minha equipe e me devolvam funcionando”.
Assim começou esta história.
Tiziano Pravato Filho, CEO da Leveros, empresa familiar fundada há 47 anos no interior de São Paulo, nos procurou no final de 2021, com uma dor aguda: sua equipe “não funcionava”. Esperava que as “consultoras” retornassem com soluções. No entanto, com delicadeza, as coaches trouxeram provocações. “Como você contribui para a dinâmica e desempenho da sua equipe?” foi uma das perguntas que abriram este caminho. “Eu sou parte da equipe… Que coisa curiosa”, pensou.
A dor era clara, mas o diagnóstico não. Então começamos fazendo um check-up: pesquisa, entrevistas com stakeholders e conversas com os membros da equipe - na época quase 10 executivos com níveis de maturidade variados. Um dos entrevistados trouxe uma metáfora muito poderosa se referindo ao CEO: “embaixo de árvore frondosa não nasce nada”. O líder centralizava, gerando uma dinâmica disfuncional, com executivos atuando isoladamente, sob uma cultura de “comando e controle”. O ambiente era marcado por baixa confiança, problemas de comunicação, ausência de visão compartilhada e falta de clareza quanto aos objetivos do time.
Assim começou o primeiro ano do projeto: coaching mensal da diretoria e coaching executivo individual do CEO.
O principal saldo deste primeiro ano foi a tomada de consciência por parte do CEO sobre a necessidade de se desenvolver e desenvolver seu time. O caminho foi formar uma equipe mais sênior e reduzida, com quem pudesse compartilhar a tomada de decisão e iniciar um movimento de olhar para o médio e longo prazo. E, para que esta alta liderança pudesse atuar estrategicamente, os demais membros da liderança, em todos os níveis, também necessitariam se desenvolver.