Coaching é um processo poderoso de transformação de indivíduos e da sociedade, fundamentado na atuação dos Coaches Profissionais que na sua maioria atuam de forma autônoma. Importante ressaltar que o mercado reconhece o coach profissional, mas a rigor a profissão de coach não é reconhecida no Brasil, pois não é regulamentada. Cada coach, cada empresa, cada cliente e cada instituição que se relaciona com essa prática faz parte de um ecossistema, interdependente e em constante evolução.
No entanto, a percepção dessa interdependência não é reconhecida, como acontece em outros setores prestadores de serviços, até mesmo a clareza de que esta é uma atividade que gera alguns milhões de riqueza e movimenta uma complexa cadeia de serviços ainda é ignorada até mesmo pelos integrantes do sistema. Assim como os Coaches, a grande maioria dos agentes do sistema atuam de maneira isolada, sem perceber que suas ações impactam o todo: as escolas que formam Coaches, as empresas que oferecem serviços de coaching, as empresas que contratam serviços de coaching, pessoas físicas clientes de coaching, o mundo acadêmico que produz pesquisas na área, os autores de novas abordagens e adaptações de teorias para uso em coaching, as mídias que publicam temas de coaching, as empresas que criam e disponibilizam assessments, entidades que buscam estabelecer padrões de atuação para a atividade, e etc.
Todos estão interligados, mas falta clareza sobre como cada ação e posicionamento impactam o sistema como um todo, especialmente em reputação e resultados de negócios. Essa falta de percepção coletiva gera dispersão e fragilidades. Quando surge um desafio, como a banalização da profissão ou discussões sobre regulamentação, as respostas são fragmentadas, pois não há um senso de união que permita uma reação coordenada. Alguns agem, mas a maioria permanece alheia, como se o problema não fosse seu. O resultado é um ecossistema que poderia ser forte e coeso, mas que, na prática, se mostra vulnerável a crises e mudanças externas.