Quem já ouviu uma mãe falar para seu filho ainda criança quando se machuca: Não chora, vai passar!
Você já falou / pensou ou ouviu alguém dizer:
- É feio ficar com raiva! Ter inveja! Ter ciúme!
- Será que se eu ficar triste eu vou deprimir, como minha amiga comentou comigo?
- Será que está certo eu ter medo de conviver com essa pessoa?
Então o que fazemos com nossos sentimentos e emoções?
Julgamos, temos medo e desconfiamos do que sentimos como se fosse errado senti-los, ou então ignoramos nossos sentimentos. Tudo isso nos foi ensinado e nós incorporamos. Em vez de perceber os nossos sentimentos e acolhermos, ficamos distantes deles.
Não fomos ensinados a olhar para eles. Quando percebemos que estamos sentindo algo que nem sabemos direito o que é, ficamos assustados, pois não sabemos o que fazer e queremos nos desfazer logo deles. Não queremos olhar para eles, principalmente quando são sentimentos desagradáveis. Às vezes, não temos consciência do que está acontecendo dentro de nós. Não aprendemos a investigar, a dar um mergulho interior para encontrá-los e acolhê-los.
Segundo Thich Nhat Hanh, monge budista,
“nosso sentimento não está separado de nós nem foi causado apenas por algo externo a nós. Nosso sentimento é nosso eu, e temporariamente nós somos esse sentimento.”
Entendendo assim os sentimentos, não ficaríamos aterrorizados com eles e nem os rejeitaríamos, conseguindo olhar para eles como uma energia que pode trazer esclarecimentos e compreensão sobre nós mesmos e também sobre os outros.