Olá caríssimos leitores e leitoras,

nessa edição falamos de Tecnologia e Humanidade, tema que nos traz cenários sombrios, principalmente os pintados nas telas dos cinema.

Quem está servindo quem? Esta é uma boa pergunta que Juliana Elorza nos coloca em seu texto. Juliana foi a idealizadora e coordenadora deste dossiê, intenção esta manifesta na ocasião de um vídeo que gravamos pela sua participação no dossiê sobre os IDGs. Gratidão Juliana pelo excelente trabalho em reunir meninas sensacionais, inquietas, pensadoras do presente e do futuro, e interessadas em compartilhar ideias.

Um parágrafo no final do texto de Ligia Zotini traz um alento em relação ao futuro. Reproduzo abaixo:

“Sempre foi uma dança desde os primórdios tecnológicos. O que desenvolvemos, nos desenvolve de volta, e o nível de consciência que temos a cada subida da espiral é o que nos torna mais e mais imunes aos processos de manipulações pessoais ou algorítmicas, nos permitindo ser mais autônomos e protagonistas nas nossas existências”.

A tecnologia está presente em nossas vidas de uma forma visceral, não é possível nos divorciarmos dela e retomarmos ao modo medieval de viver. Como tudo, existem os prós e os contras, as vantagens e os cuidados a serem tomados. O mesmo celular que permite que eu cozinhe em minha chácara enquanto converso com voz e vídeo com meu melhor amigo que mora na Hungria, também isola pessoas, escraviza e causa dependência.

A mesma tecnologia que faz paralíticos andarem, cegos enxergarem, surdos ouvirem, também causa demissões em massa, fome e pobreza.

A tecnologia a serviço do capitalismo é um grande risco pois como o fim é o lucro, o ser humano perde o protagonismo.

Faço votos, como disse Ligia, que a tecnologia que desenvolvemos, nos desenvolva de volta, nos impulsionando para níveis mais elevados de humanidade, e que essa consciência nos conecte com a filosofia de todo progresso tem por finalidade, proporcionar uma vida melhor para cada ser vivente do planeta.

Acabamos de realizar dois dossiês sobre os IDGs, instrumento para trabalhar o desenvolvimento humano para que possamos reverter um possível fim da nossa e de muitas outras espécies do planeta, pela pura ganância e sede de poder.

Que o ser humano possa desenvolver a autoconsciência, da mesma forma que busca a excelência da Inteligência Artificial, aliás nosso próximo tema na edição de outubro.

Que você encontre boas reflexões em nossas páginas e que possa, com elas, contribuir, de alguma forma para a evolução humana.

Que você tenha uma excelente leitura,

Luciano Lannes