Olá caríssimos leitores e leitoras,
mais uma edição, e trazemos a segunda parte do dossiê sobre os IDGs.
Os interesses imediatistas estão levando pessoas, organizações, o meio ambiente, enfim, o mundo para o buraco. Parece que até a natureza cansou da negação humana da associação entre mudanças climáticas e fatores antropogênicos, produzindo uma série de eventos catastróficos ao redor do mundo.
Os IDGs nascem do esforço de uma série de pessoas muito conscientes e conectadas com um futuro sustentável para a humanidade como parte integrante da natureza.
Para a maioria dos povos indígenas, não existe uma separação entre humanidade e natureza, pois entendem que homem e natureza estão intimamente ligados e fazem parte de uma única divindade.
Conforme fomos criando cidades e civilizações e colocando a natureza cada vez mais para longe, fica clara a separação entre nós e a natureza, e que precisamos explorá-la para obter dela os insumos de que precisamos para a sobrevivência e a “prosperidade”.
Assim, voltar a compreender esta unidade, humanidade e natureza, sendo que só existimos dadas circunstâncias extremamente específicas, únicas e singulares, sem as quais nossa sobrevivência está ameaçada, torna-se tão urgente.
Não basta mais falarmos em sustentabilidade nos moldes nos quais esta palavra vem sendo utilizada nas últimas décadas, buscando um ponto de equilíbrio entre explorar mais e não colapsar o sistema natural.
É tempo de falarmos em REGENERAÇÃO.
Que maravilha, que sonho será, ligarmos o jornal e a notícia ser: “no último ano, a floresta amazônica foi regenerada em 20.000 km2, e esta taxa de regeneração é o dobro da taxa histórica anual de desmatamento”.
Que nível de consciência a humanidade como um todo precisa atingir para eleger pessoas competentes, honestas para cargos públicos e para nossas grandes corporações, para influenciar as decisões na direção da sensata REGENERAÇÃO?
Que este segundo dossiê, com onze artigos, somado ao anterior com nove, possa contribuir para o despertar de um pensamento crítico, que busca mais informação, que contesta o status quo, que exerce um consumo consciente, que lê mais, pesquisa mais, faz mais perguntas, conversa mais, que busca consenso ao invés de vitória, que busca harmonizar ao invés de derrotar, que busca o bem comum ao invés do individual.
Sigamos em nossa missão de despertar a reflexão sobre a importância do SER sobre o TER, e que as pessoas compreendam que tudo começa pelo autoconhecimento.
Meu voto, de nossa equipe e de cada autor(a), é que que você tenha uma excelente leitura.
Abraços
Luciano Lannes
Artigo publicado em 02/07/2024