Quando eu tinha 15 anos decidi que queria trabalhar com Marketing, e o meu objetivo era chegar a uma cadeira de Diretoria.
"A gente nunca sabe muito bem o que quer nessa fase... rs".
Todo marinheiro de 1° viagem enfrenta muitos desafios, como gerir um time e ainda carregar o peso dos resultados da área... entre querer mostrar serviço, ser admirada pela equipe e reconhecida pelo Board, fiz tudo errado tentando acertar.
Resultado?
Burnout. Quase desisti. Mas não podia parar de trabalhar e eu amava o que eu fazia.
A pergunta era: “o que eu fiz de errado???” Eu trabalhava 14h/ dia, liderava cerca de 80 projetos/ mês, com apenas 5 pessoas no time”.
Quando a gente é muito comprometido, mas não se conhece, não aprendeu a ler pessoas e os cenários, e tem pouca maturidade no mundo Corporativo (o jogo que ninguém te ensina), é muito fácil pegar a culpa para si e se achar uma porcaria.
Eu queria descer da montanha russa e mudar para um trem, que continuava em movimento, porém sem tantos altos e baixos. Eu sabia que era questão de ajuste, mas não sabia o que.
Investi em mim. Foram muitas sessões de terapia (analisando crenças, passado), orientações de coach de carreira (orientações para futuro), e muitas ações para corrigir o presente, com cursos de gestão emocional, PNL e até a espiritualidade (sem fins religiosos) entrou no meio.
Aprendi a jogar o jogo e ao mesmo tempo manter a minha integridade, desenvolver o meu time ao invés de fazer no lugar deles, negociar, me posicionar... e finalmente a cadeira de Diretora veio, e como “brinde” um crachá Global em uma multinacional!
“WOW parabéns” Top of the world, meta superada! #sóquenão... rs”.
90% das pessoas pensam que alcançar um alto cargo é o fim da carreira, e que vão conquistar seu sucesso profissional e financeiro.
Essa é a maior ilusão do proletariado que te venderam.
Desde sempre ecoava uma frase na minha mente:
“Você vai viver até uns 90 anos. O Corporativo não vai te querer após os 50-60. E você vai fazer o que?”