Há em cada ser vivo uma parte que deseja que ele se torne o que é: o girino em sapo, a crisálida em borboleta, o ser machucado em um ser inteiro.
Somos seres complexos por natureza, vivendo em um tempo de regeneração. Pelos desafios que chegam até nós, somos convidados pela vida diariamente a fazer escolhas, estas por sua vez podem ser de modo deliberado e consciente ou escolhas automáticas pela celeridade de nosso tempo. Escolhas rápidas, aquela primeira resposta que nos vem à mente pode por vezes não ser a melhor resposta, mas sem dúvida nos servem de atalhos, pois nos ajudam a ir mais rápidos e seguros ao nosso modo preferido. Aí reside uma grande armadilha, nos moldarmos ao nosso próprio modo e perdemos a beleza de nossa infinita potencialidade.
Don Richard Riso, nos diz que é importante traçar uma distinção entre essência, ou espírito, e “alma”. A base fundamental de nosso Ser é essência ou espírito, mas ela assume uma forma dinâmica à qual denominamos “alma”. Nossa personalidade é apenas uma faceta da alma. Essa é “feita” de essência ou espírito. Se o espírito fosse água, a alma seria um rio ou lago e a personalidade seria pedaços de gelo ou as ondas que se formam em sua superfície.
Somos muito mais do que qualquer instrumento é capaz de nos revelar, estudiosa da ciência do cérebro, tenho o zelo de fazer uso de ferramentas cientificamente comprovadas, utilizo assessments nos projetos que conduzo como forma de acelerar o estágio do “dar-se conta”, a partir do autorrelato do próprio executivo, apresentando um olhar imparcial que permite numa conversa intimista explorar caminhos de reflexão e expansão da qualidade do pensamento, facilitando a abertura para acessar o mundo interno, novos mapas mentais se formam e o vínculo de confiança na relação consultor/coach e cliente, começam a surgir.
Todos nós experimentamos dois mundos, o interno e o externo e eles se afetam diretamente. Não se esquive de responsabilizar-se por qualquer um desses dois mundos. É na abordagem do complexo mundo interno, que muitas pessoas revelam dificuldade de entrar neste lugar mais íntimo, conversar abertamente consigo mesmos, a busca pela verdade, o encontro com autoamor. E esta abertura é fundamental, é a chave para a colaboração, chave para um bom diálogo na discussão de temas mais áridos aqui fora, é a chave para que este autoamor vá se expandindo, ampliando para o senso de coletivo.