São tantas atribuições todos os dias que deixamos de dar atenção aos processamentos mentais e emocionais, que nos arrastam de um lado para outro, de uma atividade para outra e, no final da jornada diária, ficamos com aquela impressão de total falta de disposição mental e física. Quem nunca não é mesmo?
Esta falta de disposição advinda do cansaço e dos processos emocionais a que estamos submetidos, nos leva a buscar algumas distrações por um tempo maior do que entendemos ser conveniente. Com o volume de opções que temos hoje (e não falo só das tecnologias), não é difícil que este tempo off traga uma sensação deliciosamente confortável. Um aparente “descanso da mente”.
Há dias em que estamos com menos demandas e em outros, parece que as 24 horas do dia não são suficientes. Esse descanso velado tratado como recompensa, vai sutilmente reforçando o desfoque mental. Instala-se um novo hábito que nos impede de direcionarmos a atenção devidamente.
É nesse exato momento que começamos a selecionar o que será feito e o que ficará para depois. Os dias vão se passando e algumas dessas atividades continuam no modelo de adiamento e, mesmo que tenhamos todo o necessário para executá-las, nossa mente não vê isso com clareza.
O efeito de procrastinar não acontece com todas as atividades, porque mentalmente acontece uma seleção.
Aquilo que nos oferta maior prazer ou que seja mais fácil de cumprir, inclina-se a ser finalizado primeiro. Já aquilo que está sendo procrastinado, além do atraso normal da ação, se torna um desconforto mental por sabermos que não deveríamos manter este comportamento. Ainda assim imaginamos que é por conta de nossa permanente sensação de plena ocupação: “não fiz porque não deu
tempo”, “não fiz porque tenho outras prioridades” ... e por aí vai.
Então qual o motivo de continuarmos a procrastinar?
Vamos refletir: