Cabe a nós, consultores especialistas em seleção, acompanhar esse movimento e também nos capacitarmos para provocar essa evolução.
Quando a gente nomeia, a sociedade se organiza; isso dá forma ao futuro. A autora da frase é a professora da Universidade de Brasília, Rita Segato, uma das maiores referências nas discussões em torno do feminismo e da violência contra as mulheres, que esteve no palco da Flip, Festival Internacional de Literatura de Paraty, no fim de novembro. Segato também faz o que diz. Na UnB, em 1998 ela levantou a bandeira do racismo sofrido pelo estudante Ari Lima e foi a coautora da primeira proposta de cotas para estudantes negros e indígenas na Educação Superior.
A fala de Segato me faz refletir sobre as corporações e seus ciclos futuros, destacando a temática do ESG. O assunto não é novo. A novidade é a atenção dos investidores em relação às estratégias de ESG das organizações, acompanhando se elas estão fazendo mesmo o que propagandeiam. Essa agenda virou tema relevante nas discussões de gestão de riscos. Uma abordagem de ESG precisa ser consistente e sistemática. Como ocorre com as questões modernas organizacionais – outro exemplo é a inovação - não basta criar uma área, um departamento para que a evolução cultural aconteça e o conceito seja incorporado de fato.