Nossa coach Maria nos traz o seguinte caso: fiz minha formação em coaching há cinco anos e tenho me dedicado bastante a essa atividade. Com alguns clientes percebo que adoto uma postura meio mecânica ou forçada porque lanço mão das mesmas perguntas ou falo algum chavão. Sabe aquela frase “fale mais sobre isso...”? Fico bem chateada quando percebo que fiz isso, e me pergunto se estou entrando em uma fase de desencanto e tédio com o coaching.
Maria, identifico dois temas em seu caso: a adoção de uma postura mecânica, de certa forma previsível, em algumas sessões de coaching que você conduz e o uso de clichês diante de certas situações com seus clientes. É provável que sua atitude mais formatada diante de certas situações leve a repetição de chavões. Nesse breve texto convido você a refletir sobre seu caso usando como lente certas competências das International Coaching Federation – ICF (2022).
Algumas das competências da ICF nos levam a perceber a diferença entre o tema no qual a cliente está trabalhando e quem a cliente é; o que ela sente. Por exemplo, se pensarmos em feedback e delegação, dois assuntos muito corriqueiros quando analisamos competências que líderes recentes gostariam de desenvolver, estamos falando do tema no qual a cliente está trabalhando durante seu processo de coaching. Já se nosso olhar for para como a cliente vivencia delegar e dar feedback estamos voltando nosso olhar de coach para a cliente, para a pessoa.