Quero começar essa conversa com uma história verídica. Brian Chesky e Joe Gebbia eram dois jovens americanos que dividiam o apartamento e as despesas, quando se debruçaram sobre uma questão: “Por que as pessoas têm que ficar em um hotel caro se podemos oferecer um quarto em nosso apartamento para eles dormirem?”
Simples, objetiva e genuína, esta pergunta poderosa promoveu uma verdadeira revolução em série: não só engordou a conta bancária deles, como também mudou a forma das pessoas se hospedarem, virou fonte de renda para muitos “anfitriões” e ampliou o turismo em vilas e cidades do mundo inteiro. Já sabe de quem eu estou falando?
Sim, do Airbnb. Contudo, o que chama a atenção na história da dupla é a semelhança com a de outros empreendedores, que, ao contrário do que muitos pensam, não são donos de um dom exclusivo. O grande insight deles nasceu de uma fórmula nada secreta: a curiosidade e a coragem para explorar um ponto de interrogação no horizonte.
Pergunto: será que você tem feito isso ultimamente?
Arrisco dizer que não – e há quatro motivos principais para isso. O primeiro deles é a pressa. Vivemos nessa briga com o relógio, sufocados para dar conta de todos os compromissos na agenda – sejam eles de trabalho ou lazer. Assim, acionamos o piloto automático na doce ilusão de que é possível cumprir todos os itens da lista de tarefas e desejos. Não se envergonhe, nem se culpe. Somos todos vítimas dessa produtividade tóxica ou dessa ansiedade para não perder.