AS TOXINAS DA COMUNICAÇÃO
O que leva as pessoas a evitar o conflito ou a acirrar o conflito está, frequentemente, ligado à forma de se comunicar. Algumas formas de comunicação se mostram muito danosas ao relacionamento e ineficazes para solucionar as questões colocadas.
John Gotmann, estudando conflitos entre casais, identificou quatro principais formas de comunicação nocivas aos relacionamentos, que ele denominou “toxinas da comunicação”. Como esses mecanismos tóxicos estavam associados a graves crises entre casais, ele também os denominou os “Quatro Cavaleiros Preditores da Separação”, inspirando-se nos “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”.
As toxinas da comunicação estimulam negativamente as partes, podendo desencadear toda uma sequência de interações destrutivas. São elas: a defensividade, a obstrução, a crítica destrutiva e o desprezo.
Defensividade:
Essa postura visa defender-se ou proteger-se de desaprovações, críticas ou exposição de suas deficiências, percebidas como um “ataque”, uma ameaça a seu ego. Ao assumir uma postura defensiva, a pessoa muitas vezes joga para outras pessoas toda a responsabilidade sobre um erro ou falha, negando-se a admitir qualquer eventual contribuição sua para o que ocorreu.
Obstrução:
Corresponde a retirar-se da discussão sem confrontar o outro e discutir as questões. Há várias formas de se exercer a obstrução: manter-se em silêncio (não se manifestar, não responder), dar respostas evasivas ou incompletas, dirigir a atenção para outra coisa, ausentar-se ou empenhar-se em alguma atividade desconectada da discussão.
Crítica destrutiva:
A crítica destrutiva é uma forma desrespeitosa de expressar um desacordo, eivada de julgamento, acusação, censura e/ou condenação, que são dirigidos à pessoa criticada, e não às questões objetivas que estejam em discussão. Muito frequentemente são colocações iniciadas por “você sempre” ou “você nunca” (Exemplos: “você sempre quer ganhar a discussão a qualquer custo” ou “você nunca pensa nos outros”.). O impacto da crítica destrutiva é a outra pessoa se sentir agredida ou ofendida.