“Enquanto me preparava para atender um cliente, conectei-me com a raiva. Segui minha preparação e a palavra ficou registrada em minha mente. Começamos nossa conversa e depois de um tempo em que me relatava o que estava acontecendo com ele perguntei se o que dizia poderia ter algo a ver com a raiva. Ele foi acometido de muita emoção e a partir dali a conversa de Coaching abriu espaço para muitas reflexões importantes.
Por que mencionei a raiva? Não sei. O que posso dizer é que por algum motivo inexplicável sentia o quanto era importante checar a relação do que me falava com essa emoção.”
O relato é de Maria Francia Utard, com 28 anos de experiência em Coaching e diretora de uma escola de formação de Coaches Ontológicos na Costa Rica. Há cerca de 20 anos, ela parou de ignorar as sensações e associações inexplicáveis que lhe sucediam durante o processo de Coaching, colocando tudo a serviço de seus clientes.
“Não se trata de adivinhar ou supor e sim de compartilhar o que acontece ao Coach durante o processo indagando e validando com o cliente”, explica. Uma aprendiz declarada, ela admite não ter uma explicação clara para esse domínio, que classifica de “algo mais”; mas tem um extenso arquivo de histórias sobre fatos inexplicáveis ocorridos em sessões de Coaching que permitiram que o cliente avançasse de forma significativa em direção a seus objetivos. “Quando entramos no caminho de apurar nossas percepções e permitir que elas participem do processo de Coaching, acontecem coisas (talvez essa não seja a palavra mais apropriada) que não aconteceriam de outra maneira”, declara.